sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Política Internacional (continuação 12)

Conforme prometido, segue a continuação das minhas anotações das aulas de Política Internacional.  

Benelux

- Benelux (1942-44) – união aduaneira.
- SPAAK – é belga – trabalhava com Monnet + Shumman. A partir da experiência do Benelux propôs o Tratado de Roma.
- Art. 24 do GATT – por cauda do Benelux.
- Bélgica, Holanda e Luxemburgo – 1957 +3 – três anos para chegar ao mercado comum, mas não conseguiu em 1960. Chegou ao mercado comum entre 1991-92 pelo Tratado de Maastricht.
- CEE, CECA e EURATOM – cada um tinham um órgão executivo distinto (1965) – fundiram então na Comissão das Comunidades Européias. Conseguiram em 1968: TEC, PAC e União aduaneira.
- O CECA venceu em 2002
- UK – ajudou por meio do discurso de Churchil. Acompanhou as negociações mas não assinou o tratado, pois tem preconceito com o continente, queria manter o império colonial. Não queria nem união aduaneira, nem TEC, apenas Zona de Livra Comércio.
- AELC – área européia de livre comércio (1956-57) – na época Suiça, Suécia, Dinamarca e Finlândia.
- TEC – esforço comum – política monetária, aduaneira e fical – tende a atrair mais investimentos.
- Grupo do Tratado de Roma (6) – o mesmo do CECA
- Itália e Alemanha alavancaram o bloco. Assim, em 1960 UK resolveu entrar no Bloco. Mas, De Gaulle vetou a entrada. UK entrou somente após a morte de De Gaulle. Com Pompidu UK entrou com a condição de investir no PAC.
- 1973 – alargamento – UK, DIN, IRL – exportavam batatas e imigrantes;
- 1981 – alargamento – Grecia ingressa
- 1986 – alargamento – Portugal e Espanha ingressam
- Alguns entram para conceder dinheiro, outros para pegar.
- O bloco surgiu porque ALE e FRA disputavam o predomínio econômico no continente.
- UE – velho projeto alemão de expansão.
- A FRA mantém o esquema agrícola dentro do bloco. A ALE exporta muitos bens insdustrializados.
- Países mais débeis economicamente recebiam muito – PORT, ESP, DIN, IRL
- 1995 – Alargamento – AUS, SUE, FIN entram no bloco
- 2004 – 10 países entraram: Polônia, Hungria, Eslováquia, Estônia, República Tcheca, Lituânia, Letônia, Chipre e Malta. Houve obstáculo para a entrada da Turquia.
- URSS – havia entrado em colapso em 1990.
- 2007 – mais 2 países: Romênia e Bulgária. Atualmente 27 países membros. Integração político-institucional. Quanto ao ponto de vista econômico a coisa é diferente.
- Tratado de Roma foi assinado em 1957. Em 1992 surgiu a CEE (mercado comum) – livre circulação de pessoas, bens e serviços. O Tratado de Maasticht aprofundou a integração em 3 grandes áreas: 2 intergovernamentais e 1 supranacional.
- PESC – política externa de segurança comum
- Europol – cooperação jurídica e policial (intergovernamental)
- União monetária - supranacional
- Euro – entrou em circulação em 2000
- Dos 27 países membros 16 adotam o euro. Há países que usam o euro, mas que não fazem parte do bloco.
- O sistema europeu de Bancos Centrais é comandando pelo Instituto Monetário Europeu.
- Tratado de Amsterdã – criação do Banco Central Europeu - supranacional
- Requisítos para fazer parte: déficit público não superior a 3% do PIB. Se for arrecadado 100 de imposto não gastar mais de 103. Segundo requisito: dívida pública nacional não superior a 60% do PIB. Se o PIB for 100 bi a dívida não pode ser mais de 160 bi. Terceiro requisito: a moeda nacional não poderia desvalorizar-se mais de 1,5% em relação às 3 moedas mais estáveis do boco. Quarto requisito: a inflação não pode ser maior que 1,5% em relação à média dos 3 países mais estáveis do bloco.
- Apenas 11 países cumprem as exigências.
- Zona do euro: PORT, BEL, HOL, CHIPRE, MALTA, AUS, GRE, FRA, IRL, ESP, LIT, LET, ALE.
- Mercado Comum: UK, SUE, DIN. Estes não adotaram o euro.
- 'Abacaxi' do euro: Banco Central controla a taxa de juros.
- Grécia com problemas. Não conseguia cumprir o primeiro requisito. Maquiou sua contabilidade, pois gastava mais do que tinha.
- O dollar – 'senhoragem' – imprimi-se e paga-se a dívida, os EUA chegaram a propor isso. O euro não conta com 'senhoragem'.

Política Internacional (continuação 11)

Conforme prometido, segue a continuação das minhas anotações das aulas de Política Internacional.  

25) China – República Popular
- 1930: China foi invadida pelos japoneses
- 1945: japoneses foram expulsos. Os comunistas guerrearam contra os capitalistas.
- 1949 – Mao Tse Tung chega ao poder e se alinha à URSS
- Acento na Assembléia geral da ONU – com apoio dos EUA – fica com a China capitalista.
- Barão do Rio Branco (1902-04) – relações com Pérsia e China.
- 1942-45 – BRA fica sem missão diplomática na China por causa da guerra civil. O mesmo ocorre de 45 a 49.
- 1967 – TNP – No ano seguinte China estoura uma bomba.
- 1971 – China com grande poderio militar pressiona e consegue tirar a vaga na ONU de Formosa (Taiwan), a qual, segundo a China, é uma província rebelde. EUA não queriam isso.
- Em 1972 Nixon vai a China, mas as relações diplomáticas não foram restabelecidas. Estas só foram reatadas em 1979 com Carther.
- Geisel e Golbery (reconhecem Angola) – rompem com Taiwan e buscam relações com a República Popular da China.
- 1971 (BRA vota contra a entrada da China); 1974 (BRA/CHI mantém relações diplomáticas); 1978 (Comissão mista); 1979 (Acordo de navegação).
- 1980 - foi a década – intensas relações. Tanto Figueiredo quanto Sarney vão à China. Em 1982 firmam um amplo acordo de cooperação em ciência e tecnologia (nuclear, espacial – transferência de tecnologia). Chineses – satélite de sensoriamento remoto no Brasil para fontes de minerais.
- 1978 – ideológo Deng Xiao Ping realizada abertura econômica na China.
- 1957 - projeto 'grande salto para a frente' na China, depois ocorreu a revolução cultural, que foram passos para o aprofundamento do comunismo.
- 1976 – morre Mao Tse Tung
- Ping buscou instalar uma 'economia socialista de mercado' (via propriedade pública, via Estado). Hoje é um mistura de mercantilismo do século XIX + socialismo + capitalismo. Ping queria atrair capital estrangeiro (dinheiro de chineses que foram morar em outros paises)
- Cultura chinesa – impermeável a contatos extra-culturais.
- Proposta chinesa: join adventure - empresa chinesa mais empresa estrangeira só paga 5% de impostos.
- Para garantir a qualidade de vida de seus cidadãos a China precisa exportar muito, sem exportações pode haver conflito interno.
- Existe uma minoria islâmica que mantem inimizade com Pequim.
- Em 1986 – China pede para entrar no GATT. Conseguiu entrar na OMC em 2001.
- EUA têm déficit de 250 bi com a China.
- O lucro obtido por empresas americanas na China vai para paraísos fiscais e não para os EUA.
- China possui 3 tri em reservas, mas a maior parte é em títulos da dívida americana.
- Itamar e FHC tb foram à China.
  • A partir de 2000 – China – grande demanda por materia-prima, comprou muito do Brasil, o que nos ajudou bastante.
Oriente Médio

- Superposição de crises. Conflitos: problema nuclear iraniano; divisão entre sunitas e xiitas; problema isaraelo-palestino; problema intra-palestino; instabilidades no Curdistão.
- O que analisar em cada país do Oriente Médio: 1) se é república ou monarquia; 2) se o Estado é multiétnico ou maioria absoluta de uma etnia; 3) se o Estado tem recursos energéticos ou geopolíticos; 4) se o Estado foi colônia recentemente ou se sempre foi soberano; 5) se tentou ser democrático ou se é autocrático; 6) se o regime é pró-ocidente ou não; 7) se é tribal ou não; 8) se o Estado tem um projeto nuclear ou não; 9) se o Estado é árabe puro ou não; 10) se o Estado tem uma religião ou não.
- O maior problema: palestinos
- Segundo maior problema: Irã (não é árabe). Apenas 3% da população é árabe. É persa basicamente. Têm um segundo grupo importante: os azeres. O Azerbaijão é inimigo do Irã.
- O Irã não foi colônia de ninguém. Origem: uma burocracia organizada a milênios em 7 níveis hierárquicos (como no Itamaraty hoje: embaixador; ministros I e II, conselheiro, I, II, II secretários).
- Turcos: não são árabes, são otomanos.
- Irã (principal grupo étnico - xiitas): dinastia Ogar até 1925 esteve no poder, eram tradicionalistas e islâmicos.
- Genro de Maomé – Abubak – Ali (filho) – assassinado – linhagem de imãs. O décimo segundo imã sumiu, não haverá justiça no mundo até ele voltar. Ele será visto no dia do juízo final.
- Xiitas unem política e religião, analizam tudo pela ótica maometana.
- Sunismo: não seguem linhagem de Maomé, mas de um califa. Separam religião e política.
- Qajar – dependia dos clérigos para dominar (Irã).
- O Irã não participou da I Guerra. Mas, foi prejudicado. Possuía uma companhia de petróleo que hoje é a British petróleo. Aliás, o petróleo iraniano é de excelente qualidade. Refinaria de Abadam – principal produtora de gasolina de avião.
- A Turquia perdeu a guerra, perdeu a península arábica inteira.
- Atatur (autocrata, grande estadista): Turquia sob seu comando foi transformada em Estado laico, modernizada, o alfabeto arábico fora excluído e introduzido o alfabeto romano ocidental.
- Irã: disputado pelo Império Russo e pela Inglaterra como rota para a Índia. Irã oscilava entre URSS e UK.
- Reza Par Leve (pai do Xá que foi deposto) extinguiu a dinastia Qajar e instaurou a sua, estabelecendo um Estado laico, moderno e autocrático. Era antibritânico e nessa época, ainda persa. Na mesma época ocorria a ascenção do nazismo.
- Em 1935 mudou o nome 'Pérsia' para Irã. Queria passar a ideia de país multiétnico. Aproximou-se da Alemanha e da Itália com o intuito de afastar-se da Inglaterra.
- Em 1939 – II Guerra – o Irã declarou-se neutro. Entre 1940-41 foi vítima de dupla covardia, foi invadido simultaneamente por URSS e EUA. Exilam o Xá pai e colocam no poder o Xá filho – Mohamed Reza Par Lev. Este torna-se pelego dos britânicos. (Conferência de Teerã em 1943).
- Dessa forma, Irã nota que não pode confiar em ninguém.
- Mohamed começou uma política frágil, precisava equilibrar-se entre seu povo e UK. Permitiu eleições para o Parlamento, os radicais venceram, como Primeiro ministro: Mossadeg (radical anti-britânico). Este naciobalizou a economia. Mas, UK estava com problemas na balança de pagamentos, aproxima-se dos EUA, dá um golpe no irã, 'Operação Ajax', Mossadeg é deposto. À frente da companhia de petroleo: UK (40%), EUA (40%), FRA (13%) e Hol (7%). O Xá é chantagiado, sede e alia-se a UK. Isso acabou ocorrendo em vários países do Oriente Médio.
- Hoje o Irã é uma república. O Xá é um cara que tentou modernizar o Irã, bateu de frente com setores que não queriam modernização. Conseguiu negociar melhores condições com os EUA (royalties). Acabou por aproximar-se muito dos EUA, concedem que o Irã construa usinas necleares – ATOMS FOR PEACE. Assim, passariam para o lado do ocidente e ameaçariam a URSS.
- A única usina que funciona é Bashir. Mas, o Irã não tinha urânio, teria que importar urânio enriquecido dos EUA, os quais regulariam a quantidade.
- O Xá mandou a classe média estudar nos EUA. Estes voltaram com ideias democraticas. Investiu pouco na educação da população pobre.
- Erro do Xá: Revolução Branca - tentativa de mudança acelerada: reforma agrária, retirou os clérigos xiitas mulçumanos. Desde então Komeíne passou a criticar a monarquia e foi exilado pelo Xá no Iraque e depois na França.
- Em 1960: VEN, ARA SAU, IRAQ e depois o Kuait formaram a OPEP. Começam a nacinalizar as Companhias de Petróleo. Mas, Irã negociou com os EUA para continuar fornecendo-lhes petróleo.
- Revolução Iraniana: população satura-se. Havia controle excessivo sobre a imprensa. Em 1977 o Xá atacou publicamente Komehine. Os clérigos fizeram protestos, alguns morreram (massacres) e o funeral durou 14 dias. Havia pessoas que queriam democracia e outras, socialismo.
- Em 1979 o Xá com cancer sai do país para trtar-se, ocorre uma revolução, o Xá cai. Komehine volta. Ocorre um plebiscito e o Irã torna-se uma república islâmica com constituição. Começa então uma guerra civil, queria-se democracia e não uma constituição islâmica. Ocorreu uma faxina étnica.
-Líder supremo: Aiatolá (é como se fosse um cardeal), é eleito por um conselho de sábios xiitas. O primeiro aiatolá foi Komehine, o segundo, Kameni.
- Irã: tem um presidente que administra o Estado. O restante do poder é do líder supremo.
- Irã: judeus (25 mil), zoroatras (culto do fogo), cristãos. Estas religiões são toleradas, estão na Constituição. Existe, porém, uma minoria: os assábios.
- Sadam Hissein era sunita e via perigo no xiismo do Irã.
- Hoje o Irã é radicalmente contra os EUA (cortou-lhes o fornecimento de petróleo). Este uniu-se aos árabes para derrubar o Irã. Entre 1980 e 88 um milhão de pessoas foram mortas na Guerra Irã-Iraque.
- No Iraque os jovens xiitas foram postos na frente de batalha na guerra. Irã tb fez isso, os jovens que não tinham emprego acabaram morrendo na guerra.
- O Aiatolá criou a guarda revolucionária (para os EUA são terroristas) que hoje é mais forte que as forças armadas no país. A guarda era pró-clérigos, hoje querem poder, começaram a concorrer em eleições, pois têm grande poderio econômico.
- Quando os Aiatolás chegaram ao poder resolveram exportar o xiismo radical. O pessoal da região não gostou.
- O Irã patrocinou atividades terroristas, mas parou em 1990. Foi acusado de realizar ataque na embaixada israelense em Buenos Aires (???).
- Na época do Xá o Irã era pró-Israel. Quando se tornou república passou a ser anti-israelense.
- Arábia: quer ser mais islâmica e tornar-se mais tradicional.
- A Entidade Sionista, segundo o Irã, massacra os palestinos.
- Irã: assinou em TNP (Tratado de Não Proliferação de Armas Nocleares). Descobriu urânio.
- Brasil defende que Irã tem direito de enriquecer urânio, isso é legal pelo TNP. O Ocidente entregaria 20 quilos de urânio enriqueciso 20% para fazer funcionar reator para estudos, segundo proposta brasileira.
- Ler declaração de Teerã ( o Brasil está envolvido).
Euro

- União Européia – UE – grupo mais poderoso e coordenado do mundo. Área monetária ótima: atividade econômica fica mais eficiente.
- Irlanda foi o tigre celta.
- Europa: formação de Estados de bem-estar social.
- América Latina – industrialização por substituição de importação – responsável por uma classe média
- Para livrar-se da ameça socialista – pacto social – diminuição do lucro das empresas, boas condições para os cidadãos.
- Problema do Euro em 2007 – crise dos EUA, os quais adotaram como solução aumentar os gastos do Estado. Mas, na Europa não havia essa possibilidade, pois os gastos já são altos. Entretanto, alguns países não estão cumprindo as exigências para estar dentro da UE. Suspicácia = suspeita
- No Mercosul o objetivo é eliminar afastamentos entre ARG e BRA.
- Objetico da UE: manter a inflação baixa. Logo, política liberal ou neoliberal.
- Banco Europeu de Investimentos – BEI. Países que não cumprem os critérios para estar dentro da UE são punidos, não conseguem empréstimos. Mas, com a crise, foi obrigado a comprar dívidas dos EUA.
- Suécia não quer aderir à zona do euro.
- 1957 e 1972 – foram acordados os dois grandes instrumentos da UE.
- Em 2004 foi selado o Tratado de Roma 2 – Constituição Européia. A UE torna-se cada dia mais supranacional. Estabeleceu-se regras com aplicação imediata, sem consulta a parlamentos internos de cada país. França e Holanda, a população não concordou.
- Eurocracia. Tratado de Lisboa (2009), foi aprovado e está em vigor. Um páis não pode mais vetar sozinho a entrada de outro.
- O Tratado de Roma 2 eliminaria os tratados de 1957 e o de 1972. Permitiria a saída do bloco e impõe euro como moeda obrigatória.
- CECA; Conselho de Ministros (com caráter intergovernamental); Assembléia, Tribunal; Comissão da UE (é um ógão executivo, possui 27 membros – um por cada país, propõe normas – as leis da UE. O Parlamento não propõe, considera o que lhe foi proposto.); Conselho Europeu (reunião de Estados e governos); Conselho da Europa (depois da Conferência de Westminster – gerou tratado europeu sobre direitos humanos e a Corte européia de direitos humanos com 47 países membros); Conselho da UE (um ministro por cada país, tem algumas funções executivas, como por exemplo atividades relacionadas a política externa comum).
- Parlamento: 751 membros. Cosiderar normas e aprová-las, mas não propô-las.
Tratado de Lisboa: 55 65 15. 65% da população da Europa. 15: número mínimo de países. 55%: poder de voto. Alguns países tem mais poder de voto (veto???)
- O Tratado de Lisboa – Tribunal Superior – Corte de primeira instância - criou três instâncias: 1) Competência exclusiva da UE (supranacional, ex.: União Aduaneira); 2) Competência restrita (só o país legisla); 3) Competência subsidiária ( tanto o país quanto a UE podem legislar).
- Em 1986 – ato único comum – Mercado Conselho Europeu – este órgão tornou-se oficial.
- Com o Tratado de Lisboa – euro tornou-se moeda oficial
- O presidente do Conselho Europeu é como se fosse um presidente da UE. Para a ocupação desse cargo - rotatividade.
- PAC – Política Agrária Comum – pilar do Tatado de Roma – remete à segunda guerra mundial – segurança alimentar – autosustentação num momento de crise.
- 1962 – 'princípio de strezza' – PAC – subsídios, unidade de mercado, privilegiar a produção contra a produção estrangeira – tarifa de importação. 25% para o país 75% para a UE.
- Tratado de Lisboa – cidadania européia – o conceito foi criado, mas há conflitos, os quais repercutem nas eleições.
- PAC – remunera melhor quem produz mais. Os latifundiários saem ganhando.
- PAC – subsídios usados para: 1) empregar pessoas; 2) comprar maquinário
- 1970-80 – superprodução na Europa, começam então a exportar o que deprimiu o mercado mundial porque podiam exportar seus produtos com um preço mais barato porque tinham subsídios. Assim, decidiram diminuir a produção para não terem que exportar.

Política Internacional (continuação 10)

Conforme prometido, segue a continuação das minhas anotações das aulas de Política Internacional.  



23) Consenso de Washington
- Dica de leitura: “O caminho para a servidão” de Hayek
- Consenso de Washington – neoliberal – 10 passos – (resp. a propriedade intelectual – pirataria); reforma do papel do Estado (mínimo: educação, saúde, política, segurança) abandonar Estado empresário; reforma monetária (taxas de juros mais baixas); privatizar, descomplicar a vida da iniciativa privada, desregulamentação; abrir-se ao exterior, evitar restrições ao fluxo de capital, uniformização de cambio, atrair investimento estrangeiro.
- Crise mundial veio (por causa da desregulamentação e ausência restrição do fluxo de capital).
- Década de 80 – Brasil produzia muito e importava pouco, contava com grandes superávits comerciais, os quais geravam inflação. O exportador vende em dólar, mas governo repassava em moeda doméstica – por isso exportar gerava inflação. Solução: consenso de Washington. MEX, ARG, BRA e VEN adotaram modelo, com algumas adaptações.
- ARG opta por cambio fixo, sua industria espatifa, inflação cai, reservas diminuem. Para aumentá-las faz privatizações. Recebe investimentos. Famílias argentinas consomem até se endividar.
- BRA opta cambio flutuante (bandas) – para controlar inflação
- BRA e VEN – superávit (tinham muitos dólares no banco central para pagar dívida externa.
- República de Cro-Magnon ????????????????
- CHILE por outro lado tinha um esquema organizado de saída de capitais. ARG não tinha esse esquema. E, com a paridade cambial entrou em crise em 2001.
- Em 1997 – crise na Àsia; em 1998 – crise na Rússia; em 1999 – crise no Brasil.
- Década de 1990 – Consenso de Washington até 2007, mesmo com a crises – viam o defeito e não mudaram porque quem estava perdendo eram os países em desenvolvimento. Por que evitar saída de capitais? Isso dava lucro aos ricos.
- Japão – pós II Guerra – colônia dos EUA, têm bases militares até hoje.
- Acordo Plaza em 1971 – desvalorização competitiva. Em 1985 – Japão exportanto muito para os EUA. Então EUA brecam, mandam regularizar moeda – fábricas do Japão no sudeste asiático se adequam.
- Crises da década de 90, só ocorrem na periferia.
- No período 2001-2007 – economias crescem, mas em 2007 – crise nos EUA e demais países desenvolvidos. A crise que estourou em 2007 saiu da crise de 1922. Por causa dos derivativos, o mercado não era regulamentado pelo Estado.
- EUA – Estado bastante endividado. Principal simbolo de riqueza: a casa, a qual podia ser hipotecada, mas aí ocorreu a crise das hipoetecas.
- Depois da crise de 29 criou-se Fany may e Fred Mac – Estado assume as hipotecas. Em 2007 os bancos nos EUA não tinham dinheiro, só hipotecas.
- 1987 – crise da bolha tecnológica (EUA). Grande queda na bolsa de NY, mas o sistema não quebra, o que mostra que as bolsas estavam atuando de forma globalizada. Começa na Austrália, depois Japão, em seguida em Cingapura. Detalhe: programa de computador rudimentar – venda automática com baixa de valor das ações.
- Sub-prime: dívida com pouca possibilidade de ser paga. Ex.: Banco Pan-Americano (Sílvio Santos).

24) Governança Global
- Outra forma de governança (1975), o FMI não conseguia mais manter a estabilidade cambial no mundo.
- Em 1975 as nações industrializadas formaram o G6 (ITA, UK, EUA, JAP, FRA e ALE) – sem desvalorizações competitivas. Em 1976, G7 o Canadá entra no clube. (A iniciativa do G6 foi francesa).
- 89-90 – queda do muro de Berlim
- Em 1997 – G8 + Rússia. Começa-se a discutir não somente economia, mas também política (11 de set).
- 1999 – G8 + países em desenvolvimento formam o G20 financeiro (mecanismo paralelo de governança para substituir o FMI que se tornou ineficiente). O G20 não acabou com o G7 (se coordenam antes das reuniões com o G20).
- G8 – pauta muldidisciplinar (após a inclusão da Rússia). O G20 tem como principal foco a parte financeira, mas tb é multidisciplinar.
- Com as crises mundiais os países chamaram o G8+5 ( BRA, CHI, IND, MEX, AFRsul) para criar mecanismo para prever e solucionar crises.
- G8+5+7 (ARG, Coréia do Sul, Turquia, UE, Indonésia e Arábia Saudita)
- Clube de Paris – renegociação de dívidas.
- China – aumenta demanda por matérias-primas.
- FMI – continua funcionando. Passou por diversas reformas. Arábia Saudita estava com muito poder. Fez-se reforma sobre poder de voto.
- Crise economica Mundial (2007) – atingiu principais países em desenvolvimento.
- Reformas do FMI em 2008 – aumento das cotas para países em desenvolvimento. Brasil foi beneficiado. G20 negocia aumento das cotas.
- BIRD – Brasil aumenta poder de voto com reformas.
  • Cúpulas:
    2008 – Washington (EUA – principal interessado)
    2009 – Londres
    2009 – Pittsburgh
    2010 – Toronto
    2010 – Seul
    2011 – França
    2012 – México
- Ocorre disputa pela hegemonia mundial
- EUA optaram por tornar sua dívida interna em externa. Moeda forte, importação que leva a déficit comercial. E ainda gastavam mais que arrecadavam.
- EUA e Arábia Saudita – proteção militar em troca de petróleo. A. Saudita – rolou a dívida dos EUA. Em 1970 e Japão havia feito o mesmo pacto com os EUA.
- Em 2000 – China tornou-se grande exportadora para os EUA – e acaba por sustentar a dívida dos EUA. Mas, a China quer ser potência econômica (eis o grande problema do G20) .
- Primeira instituição do G20 com personalidade jurídica: Conselho de Estabilidade Financeira (CEF) antes era Fórum de Estabilidade Financeira.
- BIS – banco de compensações internacionais, localizado na Suiça, antes de Bretton woods. Evolui para tornar-se Banco Central dos Bancos Centrais. Somente BC's participam das reuniões. BC's autônomos do ministério da fazenda dos países. Foi chamado para participar das negociações do G20.
- BIS – Fórum de estabilidade financeira (informal) par estudo – em Londres – passou para CEF com participação dos países em desenvolvimento. CEF foi um grande passo na governança global. Está subordinado ao BIS. Trazer transparência para o processo.
- Fóro da Basiléia????????????
- Conferência de Londres – fortalecer FMI – 750 bi a mais (NABI)
- 1960 – FMI – países em desenvolvimento pediram para entrar no FMI e pedir empréstimo – fez então o GABI (esquema para emprestar dinheiro para o FMI – mitigar ou aumentar o crédito).
- Brasil – 14 bi para o FMI – aumentar cota. China – 40 bi
- “Direito especial de saque” - moeda escritural do FMI (não impressa). Flutua diariamente conforme uma cesta de moedas.
- 2009 – Cúpula de Pitsburgh – G20 – reconhecido como foro de coordenação econômica mundial – melhor e maior que o FMI.
- G20 – discutir o conflito EUA x CHI (?????????????)
- China – 90% de crédito vem dos Estado. China quer exportar muito e importar pouco, incentiva a industria e mantem a moeda permanentemente desvalorizada. Não há muita transparência nas operações chinesas.
- G8 não é mais foro internacional de governança global e sim o G20.
- BRICS – BRA, RUS, IND, CHI e Africa do Sul
- FMI hoje – BRICS têm (15%) capacidade de vetar se se coordenarem.
- Pittsburgh – práticas protecionistas até 2013.
- Seul – é possível terminar Doha em 2011.
- Toronto – G20 – funcionando como plenamente como principal foro de coordenação econômica global
                                        2006 2007 2008 2009 2010
EUA – Dívida fiscal – 2,2% - 2,9% - 5,8% - 10% - 11%
Dívida pública -             61% - 62% - 71% - 88% - 100%

JAP                                  1,6% - 2,5% - 2,6% - 6,8% - 8,4%
                                         172% - 167% - 172% - 186% - 197%

UE                                     1,3% - 0,7% - 1,8% - 5,4% - 7%
                                          74% - 71% - 71% - 77% - 84%

BRA                                                                                      2%
                                                                                                 37%
- Países desenvolvidos – se reorganizar. Como? estabilizar ou reduzir divida governamental / PIB até 2016
- 4 pilares da reforma
- G20 – tendência – aumentar regulação financeira.
- Seul – reforma de cotas no FMI, o BRA aumentou a sua. Deve ocorrer outras reformas.
- FMI – duas juntas – J. de governadores (tomam grandes decisções, reune-se 1 x ao ano) e J. executiva. Deveria ter 20, as duas a mais eram da UE que abriram mão recentemente.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Política Internacional (continuação 9)

Colegas 

Como meu intuito é prestar uma ajuda efetiva àqueles que estão estudando para ingressar na carreira diplomática, decidi postar meus resumos, ou antes, minhas anotações de aula. Tive como professor um diplomata, ele é primeiro secretário e ministrava aulas FAN-TÁS-TI-CAS!!!  Mas, não se animem em excesso, são apenas anotações. Há lacunas e frases soltas, porém mesmo assim resolvi tornar público porque é um norte. Muitos termos, tratados, protocolos, siglas eu sequer sabia que existiam, mas agora que sei, pesquiso sobre eles. Aliás, a internet é chave nesse ponto. Visitar o sítio do Itamaraty e acompanhar a agenda internacional brasileira é fulcral. Outros sítios importantes são o do Mercosul, o da Funag, no qual se encontra diversos livros sobre a relações internacionais brasileiras com 'download' gratuito. O sítio da ONU e da OMC também são interessantes.


Tive a oportunidade de comparecer a quase quarenta aulas. Vou postá-las de dez em dez. Minhas anotações não são um modelo de perfeição, mas espero poder orientá-los de alguma maneira. Sem contar que estou à disposição para sanar eventuais dúvidas, se estiver ao meu alcance.

À luta, companheiros, com os olhos fitos na vitória.

 
ANOTAÇÕES: 
 


 

21) FMI
- EUA: grande dívida interna, mas tinham também 33 bi em barras de ouro.
- UK: também muito endividado. A libra não era mais a moeda mundial. Este saiu abalado da II Guerra e queriam evitar a passagem direta da libra para o dólar. Então propõem uma moeda estrutural o bancor, para não ficarem envergonhados.
- Keynes – mecanismo automático. Dinheiro para pagar importações. Queria beneficiar o UK. Empréstimo automático dos países em superávit para os países em déficit.
- Proposta dos EUA em Bretton Woods: construir um fundo em que todos os países participariam proporcionalmente. A cota era moeda nacional + ouro. Ex.: O Brasil poderia escolher a cotação do cruzeiro em relação ao dólar. A paridade cambial deveria ficar estável. Os EUA pediram que só o dólar estivesse atrelado ao ouro (34g = 32 dólares). O dólar estava em todas as transações internacionais. Os EUA prometeram que a quantidade de dólar que emitida = quantidade de ouro em caixa.
- O Brasil saiu da guerra credor, almejava ser parceiro preferencial, o que não ocorreu. SUMOC - Brasil cheio de ouro, mas trocou por dólares (títulos da dívida americana). Atualmente o Brasil possui 280 bi em reservas, 200 bi em dívida dos EUA.
- China – emprega parte de seu superávit em títulos da dívida americana.
- Economia está sendo tocada por costumes do passado.
FMI: pode tirar a cota a qualquer momento, mas além da cota é preciso ter 85% da aprovação dos associados. E como os EUA detinham 25%, detinham o poder, mas hoje isso está mudando, possuem atualmente 17%.
- BRICS – Brasil, Rússia, India, China – juntos possuem 16% das cotas do FMI.
- Funções do FMI: programa de estabilidade cambial internacional baseado no padrão dólar-ouro. Os EUA conseguiu estabilidade entre 1946 e 1971. Evitou desvalorizações competitivas, o comércio internacional cresceu 7% ao ano; ajudar os membros em caso de balanço de pagamentos negativos, ou seja, emprestar para usar no comércio exterior, mas o FMI impõe condições, por exemplo, carta dizendo como vai pagar, faz empréstimo cujo prazo de pagamento vai de 4 anos (curto prazo), deve-se explicar de onde se vai cortar despesas (diminuir problemas de balança de pagamentos); assegurar o crescimento equilibrado do comércio internacional (para tanto: liberalismo comercial e não ao protecionismo), mecanismo multilateral de pagamentos; fórum para discussão de políticas cambiais e financeiras internacionais para que tudo ocorra da melhor forma possível.
- Mas, a partir de 1971 – crise nos EUA - instabilidade no comércio internacional.
- 7% dólar – 7% economia - 7% ouro. Mas não se descobriu ouro para manter isso. Maneira de distribuir esses dólares: importar mais que exportar, mas déficit. EUA entrou em várias guerras, aumentou benefícios sociais. O mundo começou a suspeitar que havia mais dólares que ouro. Até que De Gaulle fez testes (trocou dólares por ouro). Até que Nixon em 1971 declarou que os EUA não trocariam mais dólares por ouro. Isso foi o colapso de Bretton Woods e fim do padrão dólar-ouro. Daí em diante as moedas começaram a flutuar umas em relação às outras. Umas desvalorizaram, outras valorizaram após o colapso. A economia entrou em permanente crise e instabilidade. O FMI deixa de ser foro de negociações internacionais.
- Grande problema chinês: não possuem matérias primas. (Tem postos avançados na África – relações comerciais – matéria-prima).
- Nova engenharia do sistema internacional: G20.
- É interessante decorar as funções do FMI.

22) Continuação (FMI)
- O FMI conseguiu garantir a estabilidade cambial de 1946 a 1971.
- Eram clientes do FMI entre 46 e 55: países europeus (UK, FRA, ITA, ALE Ocidental, HOL, BEL). O Brasil nessa época não ia parar no FMI. Vargas não queria interferência externa. Inventou a política dos atrasados comerciais. No governo JK vai-se ao FMI, mas depois rompe-se.
- Ano da África (década de 60) – descolonização – países africanos querem entrar no FMI.
- Início do FMI – ouro mais moeda nacional.
- Hoje o FMI possui 187 membros, a ONU, 192 e a OMC, 153.
- 1962 – FMI – GAB (Acordo Geral de Empréstimos). Mas ao longo do tempo perdeu sua capacidade de ajudar.
- 1967-69 – vê que as necessidades são infinitas. Criou-se o DES (Direito Especial de Saque) é uma moeda escritural e uma unidade de conta que o FMI usa até hoje.
- Em 1971 o sistema quebra quando os EUA dizem que não vão devolver o ouro. As moedas começam a flutuar e ocorre uma guerra cambial.
- 1975 – Reunião da Jamaica – matou-se Bretton Woods (evitar usar o ouro), o preço do ouro cai. Muitos países na ocasião desvalorizaram suas moedas para aumentar exportações.
- 1973 – crises. Egito invade Israel (Guerra de Yonkpur que terminou em empate). Houve também o choque do petróleo (preço sobe). Grandes problemas para o Brasil. EUA (Kessinger), com preço alto, começa a explorar petróleo no Alasca.

Política Internacional (continuação 8)

Colegas 

Como meu intuito é prestar uma ajuda efetiva àqueles que estão estudando para ingressar na carreira diplomática, decidi postar meus resumos, ou antes, minhas anotações de aula. Tive como professor um diplomata, ele é primeiro secretário e ministrava aulas FAN-TÁS-TI-CAS!!!  Mas, não se animem em excesso, são apenas anotações. Há lacunas e frases soltas, porém mesmo assim resolvi tornar público porque é um norte. Muitos termos, tratados, protocolos, siglas eu sequer sabia que existiam, mas agora que sei, pesquiso sobre eles. Aliás, a internet é chave nesse ponto. Visitar o sítio do Itamaraty e acompanhar a agenda internacional brasileira é fulcral. Outros sítios importantes são o do Mercosul, o da Funag, no qual se encontra diversos livros sobre a relações internacionais brasileiras com 'download' gratuito. O sítio da ONU e da OMC também são interessantes.


Tive a oportunidade de comparecer a quase quarenta aulas. Vou postá-las de dez em dez. Minhas anotações não são um modelo de perfeição, mas espero poder orientá-los de alguma maneira. Sem contar que estou à disposição para sanar eventuais dúvidas, se estiver ao meu alcance.

À luta, companheiros, com os olhos fitos na vitória.

 
ANOTAÇÕES: 




19) Crise de 29 (antecedentes)

- Prévia de 29: liberalismo, o Estado não deve intervir na economia.
- A economia liberal morreu em 1929. Os EUA eram o motor da economia mundial, mas ao quebrar adotam práticas protecionistas – tarifas smoot-hawley. Estas restringem as compras estrangeiras. A tarifa passa de 32% para 57%. Gerou o efeito bumerangue, ao diminuir importações outros países sofreram com isso e pararam de comprar dos EUA. As tarifas smoot-hawley geraram uma catástrofe e os EUA se empobreceram nesse momento. EUA repatriaram capitais (ouro) dos países em que investia.
- O Brasil estava sem ouro, ninguém queria vender p'rá nós. Fomos obrigados a produzir - industrialização – para sair da crise. Com 8 anos de crise o Brasil abandona a agricultura.
- No cenário internacional adotou-se a estratégia: guerra para eliminar desemprego. Criou-se um inimigo externo.
- Franklin Roosevelt propõe o New Deal (Estado auxiliando a economia). Fazem obras públicas para gerar emprego, pegou empréstimo monstro com quem tinha lucrado com a crise de 29. Mas, o dinheiro do New Deal acabou em 1938, o desemprego que havia diminuído começou a aumentar novamente.
- A Alemanha estava arruinada em 29, mas elegeu Hitler que adotou a estratégia de investir em obras públicas e forças armadas (colocar pessoas no exército). Construiu-se uma estrada até a República Tcheca, depois invadem-na e pegam seu tesouro. Fez a mesma coisa com a Dinamarca. E, por fim, fez guerra para pagar suas dívidas. Com a Segunda Guerra 6 milhões de pessoas morreram, não havia mais desemprego.
- Depois de 1945 – EUA com 260 bi de dívida interna, a qual não foi paga. Em 2005 chegava a 6,1 tri em 2010, 15 tri de dívida.
- China possui 2 tri da em títulos da dívida americana. O Japão possui 900 bi e o Brasil 180 bi.
- Plano Marshal: emprestou-se dinheiro para a Europa que passou a importar dos EUA. Estes não queriam ser ameaçados pelo comunismo.
  • Guatemala – presidente muito esquerdista é deposto.

20) Continuação

- Ruptura do padrão-ouro;
- Desvalorização competitiva;
- Ruptura das balanças de mercado;
- Protecionismo;
- Acordos bilaterais de comércio (escambo/comércio);
- Comércio Internacional – Bretton Woods.
Nova Ordem Econômica Liberal Internacional
- Com a crise houve problemas financeiros, cambiais, econômicos. Criou-se o FMI e para a economia, a OIC que não deu certo, então arranjou-se o GATT47.
- Grupo Banco Mundial (BIRD + 4 irmãos).

Política Internacional (continuação 7)

Colegas 

Como meu intuito é prestar uma ajuda efetiva àqueles que estão estudando para ingressar na carreira diplomática, decidi postar meus resumos, ou antes, minhas anotações de aula. Tive como professor um diplomata, ele é primeiro secretário e ministrava aulas FAN-TÁS-TI-CAS!!!  Mas, não se animem em excesso, são apenas anotações. Há lacunas e frases soltas, porém mesmo assim resolvi tornar público porque é um norte. Muitos termos, tratados, protocolos, siglas eu sequer sabia que existiam, mas agora que sei, pesquiso sobre eles. Aliás, a internet é chave nesse ponto. Visitar o sítio do Itamaraty e acompanhar a agenda internacional brasileira é fulcral. Outros sítios importantes são o do Mercosul, o da Funag, no qual se encontra diversos livros sobre a relações internacionais brasileiras com 'download' gratuito. O sítio da ONU e da OMC também são interessantes.


Tive a oportunidade de comparecer a quase quarenta aulas. Vou postá-las de dez em dez. Minhas anotações não são um modelo de perfeição, mas espero poder orientá-los de alguma maneira. Sem contar que estou à disposição para sanar eventuais dúvidas, se estiver ao meu alcance.

À luta, companheiros, com os olhos fitos na vitória.

 

ANOTAÇÕES: 




17) Ordem Financeira Internacional
Feudalismo: regime de auto-subisistência sem presença de moeda, perdurou do século V ao XV na Europa. Mas, burgueses e rei eliminam os feudos. E este passa a intervir na economia para favorecer os burgueses (mercantilismo). Havia proteção dos mercados. No Estado moderno há um soberano, as fronteiras estão delimitadas e há uma política protecionista, esta controla o que entra e o que sai.
- Liberalismo (sobre isso : “A riqueza das nações” de Adam Smith) – liberdade para o indivíduo frente ao Estado opressor. A Revolução Industrial leva a essas ideias. Mas – problema na Rev. Ind. - superprodução, queda no lucro, logo, necessidade de expandir mercado.
- Cunhar moeda – para promover maior circulação de riqueza. Com a moeda forte, pode-se manter exército e defender melhor o páis. Com proteção (exército) + alimentação = população feliz e governo forte. O pressuposto é o Estado intervindo na economia.
- Brail na década de 80 – muito fehcado, convivia com inflação, monopólios e privilégios. Proteção ao mercado doméstico.
- Smith – a chave da riqueza é a especialização, não tentar fazer tudo sozinho – divisão internacional do trabalho, cada um faz algo e compra o restante. Para tanto, os países devem abandonar o protecionismo. A mão invisível do mercado (lei de oferta e procura) deve comandar a economia, ou seja, Estado mínimo. Este deveria ocupar-se apenas de 4 coisas: menor burocracia, justiça, segurança (exército) e obras públicas caras que a iniciativa privada não possa fazer por si.
- Smith tolerava impostos de importação e adoção de práticas protecionistas.
- Chile exporta cobre e compra o resto de que precisa. Política de livre comércio, com a exceção de que é o Estado que faz isso.
- Liberalismo clássico – comércio internacional, segundo Smith – deve haver padrão. Para este pensador, o que determina a produtividade é o trabalho humano. Ele não considerava outros fatores como solo, riquezas, etc. Com a especialização da produção a riqueza distribuir-se-ia entre as nações.
- Prebish não concorda com Smith.
- Davi Ricardo – teoria das vantagens comparativas – abrir mercado.

18) Liberalismo Econômico Comercial: Ordem liberal clássica (1914-1929)

- O livre comércio foca o consumidor: comprar conforme seus interesses.
- O Estado se afasta das atividades econômicas.
- Houve uma mudança no sistema capitalista do XIX para o XX:
- 1750-1840: houve uma evolução na indústria textil especialmente na Inglaterra e na França. As finanças de divorciaram do produtor, surgiram pequenas unidades fabris.
- Outra fase foi o capitalismo de monopólio: mudanças nas formas de energia. Em 1840 começaram a explorar petróleo e fontes de carvão, a indústria passou a situar-se em grandes conglomerados.
- Passa-se então à especialização: aumenta-se a produtividade, os preços baixam, vende-se mais, obtêm-se mais lucro, este é reinvestido. A chave do processo eé o consumidor e a chave do sistema é a conquista de novos mercados. Aqui entra o papel da expansão colonial, mercados cativos, como por exemplo África.
- A corrida colonial tem início a partir de 1850
- Congresso de Berlim: promovido para organizar os mercados.
- Início do século XX: mundo loteado, pois havia problemas para colocar produtos no mercado. Isso leva à primeira Guerra Mundial. O livre comércio era praticado com colônias que eram fechadas ao consumo de um só país.
- Em 1870: convergência (padrão-ouro). Depois, evolução para papel-moeda. Banco – ouro – recibo - “pague-se ao portador xx,xx moedas de ouro”. Há uma padronização das barras de ouro. Depois o recibo evolui para moeda (nota).
- A adoção do padrão-ouro pelo Brasil é esporádica, pois, cafeicultores pediam a desvalorização da moeda.
- Padrão de Estabilidade (Cambial)
- 1947-1971: cenário mundial – estabilidade cambial, foi uma época dourada para a economia mundial. Do ponto de vista cultural foi a belle epoque. [De 1870-1914 também].
- Em 1889 os paulistas deram um golpe: a república. Em virtude da baixa do preço do café, desvalorizava-se a moeda para obter lucro.
- 1914 – rompe-se com o padrão-ouro (havia instabilidade cambial, política, econômica e social).
- Recomendação de leitura: “Vinte anos de crise (1919-1939)” de Carr.
- Inglaterra, França e EUA – conseguem se manter no padrão-ouro.
- Em 1916 os EUA são um país endividado. À medida que a Guerra avança fornecem aço e produtos agrícolas, queriam receber somente em ouro. E, assim, conseguem manter o padrão-ouro durante a Primeira Guerra. A bolsa de NY passa a ser o principal eixo financeiro, passam de país devedor para credor. Houve um aumento do interesse da classe média em investir em ações a partir de 1920. Aparece, com isso, a primeira praga do comércio, o derivativo (compra-se a ação e paga-se 10% e os 90% paga-se depois). Muitos começam a comprar, o valor das ações sobe e as pessoas compram mais. Vendiam-se casas e carros para comprar ações, os preços destas sobem até 1929. A Europa começa a se recuperar da guerra. Param de importar alimentos dos EUA. Assim, os lucros e dividendos começam a cair. Os ricos se retiram do mercado (vendem suas ações) e a bolsa quebra, abre em outubro e não tem compradores. Os bancos executam as hipotecas, mas não há dinheiro para pagar. Os EUA quebram! Nove mil bancos quebram, 17 mil fábricas tinham dinheiro no banco para pagarem empregados, mas não havia mais dinheiro.
- O presidente Herbert Hoover (liberal) teve uma má ideia: o Estado não deve se meter na economia, deve manter aberto o livre comércio, Washington Luís no Brasil partilhava com ele a mesma idéia.
- O Brasil em 1929 exportava café para os EUA (principal comprador). Brasil havia pegado dinheiro emprestado tanto com EUA quanto com UK. Brasil devolve o ouro que havia pegado emprestado, fica sem ouro, mas não recolhe as notas para não voltar ao escambo. Começa o processo de substituição de importação. Era Vargas: 8 a 9 produtos para exportar, começa-se a fomentar a indústria nacional. Havia pouco ouro (divisas) para comprar máquinas para fomentar a indústria.
- O comércio exterior entra em colapso.