quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Política Internacional (continuação 9)

Colegas 

Como meu intuito é prestar uma ajuda efetiva àqueles que estão estudando para ingressar na carreira diplomática, decidi postar meus resumos, ou antes, minhas anotações de aula. Tive como professor um diplomata, ele é primeiro secretário e ministrava aulas FAN-TÁS-TI-CAS!!!  Mas, não se animem em excesso, são apenas anotações. Há lacunas e frases soltas, porém mesmo assim resolvi tornar público porque é um norte. Muitos termos, tratados, protocolos, siglas eu sequer sabia que existiam, mas agora que sei, pesquiso sobre eles. Aliás, a internet é chave nesse ponto. Visitar o sítio do Itamaraty e acompanhar a agenda internacional brasileira é fulcral. Outros sítios importantes são o do Mercosul, o da Funag, no qual se encontra diversos livros sobre a relações internacionais brasileiras com 'download' gratuito. O sítio da ONU e da OMC também são interessantes.


Tive a oportunidade de comparecer a quase quarenta aulas. Vou postá-las de dez em dez. Minhas anotações não são um modelo de perfeição, mas espero poder orientá-los de alguma maneira. Sem contar que estou à disposição para sanar eventuais dúvidas, se estiver ao meu alcance.

À luta, companheiros, com os olhos fitos na vitória.

 
ANOTAÇÕES: 
 


 

21) FMI
- EUA: grande dívida interna, mas tinham também 33 bi em barras de ouro.
- UK: também muito endividado. A libra não era mais a moeda mundial. Este saiu abalado da II Guerra e queriam evitar a passagem direta da libra para o dólar. Então propõem uma moeda estrutural o bancor, para não ficarem envergonhados.
- Keynes – mecanismo automático. Dinheiro para pagar importações. Queria beneficiar o UK. Empréstimo automático dos países em superávit para os países em déficit.
- Proposta dos EUA em Bretton Woods: construir um fundo em que todos os países participariam proporcionalmente. A cota era moeda nacional + ouro. Ex.: O Brasil poderia escolher a cotação do cruzeiro em relação ao dólar. A paridade cambial deveria ficar estável. Os EUA pediram que só o dólar estivesse atrelado ao ouro (34g = 32 dólares). O dólar estava em todas as transações internacionais. Os EUA prometeram que a quantidade de dólar que emitida = quantidade de ouro em caixa.
- O Brasil saiu da guerra credor, almejava ser parceiro preferencial, o que não ocorreu. SUMOC - Brasil cheio de ouro, mas trocou por dólares (títulos da dívida americana). Atualmente o Brasil possui 280 bi em reservas, 200 bi em dívida dos EUA.
- China – emprega parte de seu superávit em títulos da dívida americana.
- Economia está sendo tocada por costumes do passado.
FMI: pode tirar a cota a qualquer momento, mas além da cota é preciso ter 85% da aprovação dos associados. E como os EUA detinham 25%, detinham o poder, mas hoje isso está mudando, possuem atualmente 17%.
- BRICS – Brasil, Rússia, India, China – juntos possuem 16% das cotas do FMI.
- Funções do FMI: programa de estabilidade cambial internacional baseado no padrão dólar-ouro. Os EUA conseguiu estabilidade entre 1946 e 1971. Evitou desvalorizações competitivas, o comércio internacional cresceu 7% ao ano; ajudar os membros em caso de balanço de pagamentos negativos, ou seja, emprestar para usar no comércio exterior, mas o FMI impõe condições, por exemplo, carta dizendo como vai pagar, faz empréstimo cujo prazo de pagamento vai de 4 anos (curto prazo), deve-se explicar de onde se vai cortar despesas (diminuir problemas de balança de pagamentos); assegurar o crescimento equilibrado do comércio internacional (para tanto: liberalismo comercial e não ao protecionismo), mecanismo multilateral de pagamentos; fórum para discussão de políticas cambiais e financeiras internacionais para que tudo ocorra da melhor forma possível.
- Mas, a partir de 1971 – crise nos EUA - instabilidade no comércio internacional.
- 7% dólar – 7% economia - 7% ouro. Mas não se descobriu ouro para manter isso. Maneira de distribuir esses dólares: importar mais que exportar, mas déficit. EUA entrou em várias guerras, aumentou benefícios sociais. O mundo começou a suspeitar que havia mais dólares que ouro. Até que De Gaulle fez testes (trocou dólares por ouro). Até que Nixon em 1971 declarou que os EUA não trocariam mais dólares por ouro. Isso foi o colapso de Bretton Woods e fim do padrão dólar-ouro. Daí em diante as moedas começaram a flutuar umas em relação às outras. Umas desvalorizaram, outras valorizaram após o colapso. A economia entrou em permanente crise e instabilidade. O FMI deixa de ser foro de negociações internacionais.
- Grande problema chinês: não possuem matérias primas. (Tem postos avançados na África – relações comerciais – matéria-prima).
- Nova engenharia do sistema internacional: G20.
- É interessante decorar as funções do FMI.

22) Continuação (FMI)
- O FMI conseguiu garantir a estabilidade cambial de 1946 a 1971.
- Eram clientes do FMI entre 46 e 55: países europeus (UK, FRA, ITA, ALE Ocidental, HOL, BEL). O Brasil nessa época não ia parar no FMI. Vargas não queria interferência externa. Inventou a política dos atrasados comerciais. No governo JK vai-se ao FMI, mas depois rompe-se.
- Ano da África (década de 60) – descolonização – países africanos querem entrar no FMI.
- Início do FMI – ouro mais moeda nacional.
- Hoje o FMI possui 187 membros, a ONU, 192 e a OMC, 153.
- 1962 – FMI – GAB (Acordo Geral de Empréstimos). Mas ao longo do tempo perdeu sua capacidade de ajudar.
- 1967-69 – vê que as necessidades são infinitas. Criou-se o DES (Direito Especial de Saque) é uma moeda escritural e uma unidade de conta que o FMI usa até hoje.
- Em 1971 o sistema quebra quando os EUA dizem que não vão devolver o ouro. As moedas começam a flutuar e ocorre uma guerra cambial.
- 1975 – Reunião da Jamaica – matou-se Bretton Woods (evitar usar o ouro), o preço do ouro cai. Muitos países na ocasião desvalorizaram suas moedas para aumentar exportações.
- 1973 – crises. Egito invade Israel (Guerra de Yonkpur que terminou em empate). Houve também o choque do petróleo (preço sobe). Grandes problemas para o Brasil. EUA (Kessinger), com preço alto, começa a explorar petróleo no Alasca.

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